A origem do nome Osther

Essa é uma pergunta que me é feita frequentemente. É seu sobrenome? Não, e a resposta para a origem do nome Osther é uma verdadeira epopeia. Talvez seja exagero chamar de epopeia, mas a história é no mínimo interessante.

Era inicio dos anos 2000 e a tecnologia começava a ter forma que tem hoje. A popularização da internet e dos microcomputadores estava a mil. Bem, vale dizer que as coisas eram mais devagar naquela época. E o jovem Elton se aventurava por esse mundo.

Se me perguntassem nessa mesma época o que eu faria pelo resto da minha vida, a resposta seria viver de música. Mal sabia eu. Eu já era estudante de música e tinha minha primeira banda. Uma banda formada por amigos que se dividiam entre ensaiar, tocar e andar de skate. Bons tempos. Nossa banda começou com a vontade de fazer música entre amigos e ensaios e mais ensaios. Até que um dia nos demos conta que era preciso escolher um nome.

Como era difícil escolher um nome, uma banda de adolescentes no interior de Minas Gerais tentando dar rumo para seu sonho. Foram várias tentativas e conversas sobre o assunto. Confesso que não lembro detalhes nem a ordem de como as coisas aconteceram. Mas sei que numa dessas conversas entendemos que nosso objetivo era levar nossa música para todos os lugares e queríamos um nome que representasse nossas raízes. E é aqui que começa a surgir uma ideia muito original e criativa.

A história da história

Poços de Caldas é uma cidade no sul de Minas, cercada de montanhas e sobre a Serra da Mantiqueira. Uma cidade turística, na época com cerca de 160 mil habitantes. Além dos tradicionais insumos mineiros, a cidade cresceu em torno de suas águas termais sulfurosas, que eram na época muito utilizadas para o relaxamento e tratamento de doenças de pele. A cidade teve seu auge na época em que o jogo era liberado no país e a alta sociedade brasileira frequentava o Palace Casino e o Palace Hotel em busca de sorte e boemia. A fama da cidade de suas água termais correram o Brasil.

Em branding tratamos tanto do assunto identidade e aqui temos o exemplo de uma cidade onde sua identidade foi construída e cultuada em cima de suas águas termais. Uma oportunidade proveniente do acaso da natureza que deu um significado maior e mais representativo para o município.

Criatividade descompromissada

Eram cinco jovens e um objetivo. Criar um nome para sua banda que representasse suas raízes. Não sei quando, quem e nem em que momento o nome veio a tona. Mas veio. “E se gente chamasse Os Thermais”. Esse nome veio do prédio mais emblemático da cidade, a Thermas Antônio Carlos. O prédio era o principal lugar de uso das águas termais por turistas e moradores. Era a referência da referência da cidade. Então, missão cumprida. Encontramos nosso nome.

Mas a juventude quer sempre mais, quer conquistar o mundo, e esse novo nome parecia pouco. Logo na sequência, não sei se no mesmo dia ou depois, quisemos ampliar o horizonte e sermos ainda mais criativos. E conseguimos chegar no nome Osther+. Juntamos o Os e o Ther e substituímos o mais pelo +. Ufa! Essa foi a versão final. E lá se foi a banda para o mercado.

Voltando ao início dos anos 2000, uma febre tomava do país, principalmente da juventude. O Hotmail. Todo mundo ali criando o seu e-mail para navegar pelo mundo digital. Todos precisavam de um endereço para chamar de seu. E ninguém tinha experiência nisso.

Ah de se lembrar que a falta de experiência foi responsável por criar e-mails como “bat_pri@hotmail.com”, “luizgatinho@hotmail.com”, “lu_lindinha@hotmail.com” e uma centena de pérolas. Foi divertido.

Comigo não era diferente e meu nome não ajudava em nada, Elton Leal Silva. Não havia combinação com esse nome que estivesse disponível. E eu me recusava a usar números no e-mail. Foi nesse momento que me dei conta que meu nome não iria muito longe nesse mundo digital. E a juventude é implacável. Com toda certeza do mundo que a banda do interior ainda iria longe, resolvi colocar o nome da banda no meu e-mail pessoal. Nessa época descobri também que não se poderia usar o + em e-mails. Então cheguei em eltonosther@hotmail.com. Pronto, estava disponível. Feito!

De lá para cá sempre carreguei o Elton Osther. Todas as redes sociais daí em diante seguiam essa linha. O Osther estava sempre disponível. Em uma busca que fiz na época não encontrei nenhum lugar o uso da palavra osther. Era uma coisa só minha.

Nunca usei o nome Elton Osther profissionalmente. Era somente no meu e-mail pessoal e nos nicknames das redes sociais. Mas os anos se seguiram e a associação com Osther ficava cada vez maior. Ao menos para as pessoas próximas.

Eis que chegou o fatídico momento que precisava de um nome para o negócio que seria o maior responsável por dar vida ao meu propósito. O nome Osther não foi a primeira opção. Na verdade, não havia opção nenhuma, não havia nada. Só a necessidade que precisaria de um nome logo mais. Então em uma conversa em casa saiu a seguinte frase “Porque você não usa o Osther nesse projeto”. Pronto. Era o que fazia mais sentido. Uma coisa tão minha tinha que carregar algo particular.

Então fez-se a Osther Branding.